As manifestações culturais do Rio de Janeiro estão nos modos de viver, na arte, nos museus, arquivos, bibliotecas, saberes em movimento vivo pelas ruas, comunidades, terreiros, rincões diversos. Como sujeitos que fazem a história e a reescrevem a cada dia. Cultura como cultivo da terra, das almas, dos corpos, do imaginário. Natureza-cultura que preserva e revitaliza a fauna e a flora, que interliga entidades, encantados, ervas, ritmos, melodias. Culturas populares, de massa, cultas, étnicas. Comunidades indígenas e quilombolas, folguedos, academias, galeras. Samba de caboclo, Folia de Reis, Jongo da Serrinha, Escolas de samba, baile funk, baile charme do viaduto, batalhas dos slams, shows na praia, esquinas, salas de teatro, cinema, tendas, barracões. Um Rio artivista que pulsa e se revigora, poroso às ancestralidades, à vida presente, construindo solidariedades resistentes, enfrentando os círculos viciosos dos poderes e corrupções, que não abrem mão do dirigismo cultural e científico. O repertório fluminense está na pluralidade das expressões culturais e das formas de produção de conhecimento. Dignificar as suas vivências libertadoras requer, não só respeitá-las, mas garantir condições concretas de sua fruição e sustentabilidade.